houve noites, algumas em vela
em que olhando as cortinas (e as estrelas)
sonhava em ser poeta
eram sonhos estranhos, medonhos
não pareciam, de certo, ser sonhos
mas outra coisa não podiam ser
sonhava contigo, tu nua
tua pele, teus pelos, a lua
faziam-me rir e chorar
chorava de espanto e de gozo
e ria de lua, invejoso
que era só tua pra amar
e logo acordava, gritando
versos banais, e no entanto
pensava que aquilo era bom demais.
Suscribirse a:
Enviar comentarios (Atom)
No hay comentarios:
Publicar un comentario